Travessia
que inclui em seu roteiro sete cumes conhecidos na Serra do Ibitiraquire:
Camapuã; Tucum; Cerro Verde; Itapiroca; Caratuva; Taipabuçu e Ferraria. Tendo como início
a Fazenda do Bolinha e término no Bairro Alto/Antonina, via Crista dos 500 anos
do Ferraria.
Na
manhã de sábado exatamente as 07:15h partíamos da rodoviária de Curitiba em
direção ao Posto do Tulio no Bairro Terra Boa rumo a Fazenda do Bolinha, eu,
Elcio Douglas e Leandro Nascimento.
Inicio da caminhada rumo a Fazenda do Bolinha
A
pernada da BR até a fazenda foi tranquila e o dia prometia tempo bom, na
fazenda após fazer o registro e saquear algumas laranjas (com permissão do
proprietário) se embrenhamos trilha a dentro ao nosso primeiro objetivo
(Camapuã). Não demorou muito o Elcio já tomava a dianteira e sumia trilha a
dentro, só veríamos ele novamente no Tucum, pois já estava praticamente um cume
adiantado a nossa frente.
Na
subida do Camapuã logo nos deparávamos com procissões de pessoas, trocamos
ideias com algumas em direção ao primeiro cume, nesta altura o joelho do
Leandro e algumas câimbras já davam sinais de que não era para ele continuar.
Chegando ao cume do Tucum encontrando o Elcio com caderno de cume, Leandro já
avisava que voltaria dali, então agora só restaria se despedir, tirar umas
fotos e tocar ao 3C (Cerro Verde).
Registro da passagem pelo Tucum
Os 7C
Cume Tucum
O
percurso foi tranquilo, apesar das nuvens começarem a querer fechar o tempo
ainda foi possível ter uma boa visão do Itapiroca e alguma coisa do Ciririca.
Registro da passagem pelo Cerro Verde
Cume do Cerro Verde
Saindo
do Cerro Verde e passando pelas gretas que há pelo caminho já nos deparávamos com
a subida interminável ao Itapiroca. Ao chegar ao cume (4C) já percebíamos o
presságio da farofagem que se estende a estas montanhas de fácil acesso,
começando pelo caderno de registro da caixa de cume, todo zoado, mas mesmo
assim foi possível fazer as anotações, diferente do Caratuva 5C que nem caderno
havia, apenas amontoado de folhas sujas e rabiscadas. Falando em zoação, a
trilha de ambos no mesmo estado, papel higiênico pelos cantos como se a montanha
toda fosse um banheiro público além de barracas em todos os lados e umas 50
pessoas por lá.
Cume do Itapiroca
Registro da passagem pelo Itapiroca
Deixando
o 4C via Itaratuva, rota objetiva para
esta travessia, logo estaríamos no local de camping designado exatamente no
horário previsto.
As
18h já estaríamos com bivaque montado e se preparando pra dormir no Bosque Surreal para dar continuidade
a travessia no dia seguinte, o silencio só foi quebrado pelas 23h por um
pelotão de sem noção apitando e fazendo baderna em algum lugar da trilha, após
isso só um grilo falante passou a madrugada cantando em meus ouvidos, no mínimo
o grilo estava avisando que a temperatura iria cai muito na madrugada e que
seria insuportável vestir a roupa úmida para continuar o trajeto, o que de fato realmente aconteceu.
Bivaque no Bosque Surreal
Já
no domingo as 8h da manhã nos despediríamos do 5C em direção ao Taipabuçu e
Ferraria, trajeto estes mais pareciam trilha do sabão, se tivesse realizado
alguma aposta valendo miojo por tombo teria que pagar um fardo dos grandes, alguns
trechos eram quase impossíveis parar em pé.
Caratuva visto do Taipabuçu
Registro da passagem pelo Ferraria
Entre
tombos e arranhões rapidamente conquistaríamos o 6 e 7C e iniciaríamos o maior desnível em montanha no PR, a descida da
Crista dos 500 anos (Ferraria/Conceição), em meras 2h de medo de perder o ônibus das 17h15min.
baixamos mais de 500m de cota, por hora, isto permitiu chegar
rapidamente a Estrada da Conceição e com meia hora de antecedência da partida
do ônibus, permitindo um banho rápido no
rio ao lado da estrada para amenizar a catinga adquirida na travessia e as 20h:30min
estávamos em Curitiba
Ponte Indiana Jones
Linha Bairro Alto/Antonina
Traçado da Travessia 7C
Tabela de Horário Bairro Alto /Antonina
Fotos: Elcio Douglas
Texto: Raffael Galápagos
